Análise de efeitos da vacina na taxa de óbitos e internações da cidade deve sair em até 10 dias

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Na última terça-feira, completaram-se 15 dias da aplicação da segunda dose do imunizante em idosos de 85 anos ou mais

Uma análise para identificar se houve aumento, queda ou estagnação de casos, internações e mortes causadas pela Covid-19 em Santa Maria deve ser divulgada em até 10 dias pelo Centro de Referência Municipal da Covid-19.

Na última terça-feira, completaram-se 15 dias da aplicação da segunda dose do imunizante em idosos de 85 anos ou mais. É a partir deste período, segundo o médico epidemiologista, Marcos Lobato, que o imunizante começa a fazer efeito. Contudo, o levantamento envolve cruzamento de dados demanda critérios, tempo e equipe.

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Nos últimos dias, a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo divulgou dados que apontaram que após a vacinação, mortes de idosos entre 85 e 89 anos por Covid-19 caíram 51% na cidade em fevereiro e atingiram o menor número desde outubro.

_ São Paulo começou primeiro, então, eles têm essa resposta antes. Não temos aqui (no RS) um Butatan e estamos esperando doses do governo federal, o que ainda é muito pouco. Temos que estatisticamente olhar todo o município epidemiologicamente, o que muda muito se olharmos de hospital para hospital e consultório para consultório.

SE TIVER SINTOMA, FIQUE EM CASA

Enquanto não há redução de casos ou população vacinada, o médico afirma que, diante de qualquer sintoma é preciso ficar em casa.

_ Infelizmente, temos tido vários tipos de pressão. Lá no Centro de Referência, todos os dias, ouvimos pessoas dizendo que seus empregadores não aceitam afastamento do trabalho se não tiver o diagnóstico positivo, o que é totalmente errado. Tem de ficar afastado até o exame dar negativo, para não passar para outras pessoas no ônibus, na rua, no trabalho. Entendo esse momento econômico e, é por isso, que, se os empresários não quiserem fechar, mandem os funcionários para casa em caso de sintomas. Isso é crucial para esse momento. Estamos entre os piores países das Américas em cobertura vacinal. Diante de uma eventual diminuição de casos, a chance de termos um rebote é muito grande. Temos uma mistura explosiva: pouca gente vacinada e muita gente circulando. Aí, a probabilidade de as cepas, as variações dos vírus selecionarem alguém que possa ser mais resistente à vacina é muito maior aqui do que lugar.